23 de dezembro de 2011

Balanço literário 2011

1º vídeo para o blog!!!

Ficou meio (beeem) tosco, esqueci de comentar algumas coisas, espontaneidade zero, enfim... Mas como é o primeiríssimo vídeo, eu me perdoo – e espero que vocês entendam o amadorismo e gostem pelo menos um pouquinho!
(Ah, não reparem o "cenário" meio triste, é que não estou na minha casa de verdade... =/ )






Conteúdo do vídeo:
- As duas melhores leituras do ano
- A leitura que menos me agradou
- Em 2012, pretendo ler mais...
- Antologias de contos em que participei

Reviews dos livros citados:
A Libélula dos Seus Oitos Anos
Um Dia
Amores Infernais

Músicas:
Entrada: Killer – Juliette & The Licks
Final: Can’t Stand Me Now – The Libertines

20 de dezembro de 2011

RESULTADO: sorteio "Ainda Não Te Disse Nada"

O exemplar autografado do livro Ainda Não Te Disse Nada já tem um destinatário! O sortudo é...



MARCIO SCHEIBLER



Parabéns!!! Espero que curta o livro!
Acabei de solicitar os dados para envio do livro e o vencedor tem 3 dias para retornar o e-mail.



Mas... os prêmios ainda não terminaram! Além dos outros blogs que também estão sorteando o livro (serão, ao todo, mais de 240 ganhadores!), no dia 15 de janeiro o Maurício Gomyde sorteará um iPad 2 entre os participantes do sorteio do livro.

Se você participou do sorteio do livro aqui no Escrevendo Loucamente e ainda não preencheu o formulário para concorrer ao iPad 2, corre lá que ainda dá tempo! É só preencher o formulário no blog do autor (clique aqui para acessá-lo) e mencionar que participou do sorteio aqui no Escrevendo Loucamente.

19 de dezembro de 2011

Cadê a literatura?

Para quem não sabe, no momento estou morando na cidade de Clermont-Ferrand (departamento de Puy-de-Dome), na França. E foi na edição de dezembro da revistinha do departamento que li uma notícia sobre o incentivo à leitura desde cedo – bem cedo. Trata-se de uma iniciativa muito legal: cada bebê nascido ou adotado no departamento recebe gratuitamente seu primeiro livro, no endereço de domicílio, entre o 3º e o 4º mês após o nascimento. Não é nem mesmo necessário que a família solicite. Cada ano, uma obra diferente é escolhida. A ação visa combater as desigualdades em relação ao acesso aos livros e à cultura literária, além de reforçar o fato de que, ao abrir um livro, os bebês dão os primeiros passos para um melhor desenvolvimento da linguagem. Além desta iniciativa, digna de ser tomada como exemplo, a midiateca departamental organiza desde 2010 uma programação especial para crianças de 6 meses a 6 anos de idade, que inclui espetáculos, encontros literários, exposições, leituras de contos e jogos para familiarizá-los com o universo da literatura.

Comecei o post compartilhando com vocês essa notícia porque ela me trouxe várias lembranças em relação a minha infância – mais precisamente à parte literária dos meus dias de criança –, e também para engatar um tópico sobre a disseminação da literatura entre as crianças.

Não me lembro de ter participado de eventos literários quando criança, mas é fato que desde cedo a literatura me encantava. Alguns livros continuam na minha memória e foram peça fundamental no desenvolvimento da minha paixão por literatura. São eles:


Os três continuam à venda, e acredito que também continuem a ser adotados pelas escolas. Li outros tantos livros também, mas estes foram os que mais me marcaram na infância (acho que li umas 20 vezes cada um!).

E a literatura não estava só nos livros! Quem foi criança em meados dos anos 90 certamente se divertia à beça com Castelo Rá-Tim-Bum. Quem não adorava quando as crianças entravam na biblioteca do castelo, habitada pelo Gato?! Lembro vivamente da Biba lendo poemas de Cecília Meireles – enquanto animações encantadoramente simples passavam na tela. Quer coisa mais linda que mostrar Cecília Meireles para as crianças de um jeito lúdico?

Grande parte do universo que embalou a infância de muitos durante os anos 90 foi perdida. Nostálgica demais? Talvez. Ainda assim, imagino que muitos concordem que a infância da geração nascida entre o início e o fim dos anos 80 teve um quê de mais especial, algo de mágico que hoje em dia – infelizmente – não existe mais. E a literatura – principalmente a brasileira – na TV infantil? Não sei aonde ela foi parar; se alguém souber, fique à vontade para se manifestar!

Apesar de tudo, é inegável que o cinema, através das adaptações, vem contribuindo bastante para a disseminação da literatura juvenil – ainda que a ênfase esteja nos jovens e não nos mais novinhos, e que a maioria massiva desse conteúdo venha de outros países. É incrível ver como personagens saem dos livros e ganham um espaço incrível em outros meios. Harry Potter com certeza foi divisor de águas em tal quesito.

Ainda que a literatura infanto-juvenil contemporânea tenha ótimas ferramentas para atrair as crianças e os livros para bebês se superem cada vez mais em criatividade, sou da opinião de que falta familiarizar os mais novos com alguns nomes consagrados da literatura nacional. Além do fator conhecimento, acredito que seria importante também no sentido de aprender a valorizar mais a literatura brasileira.

Inserir a literatura no dia-a-dia dos bebês; criar mais pontos de contato entre os grandes nomes da literatura nacional e as crianças; enraizar o gosto pela leitura e a importância de conhecer e reconhecer o que nosso país produziu e produz... Valorização da literatura brasileira = valorização da identidade e cultura nacionais. Meio utópico ainda? Espero realmente que, um dia, não mais o seja.

14 de dezembro de 2011

Ainda Não Te Disse Nada [Maurício Gomyde]


“Ninguém mais escreve cartas hoje em dia”, ela pensava. Até que um dia uma caiu em suas mãos e mudou o rumo de sua vida. Levou-a ao lugar que sempre sonhou. E a conhecer o amor do jeito que nunca imaginou, da forma mais improvável do mundo...

Ainda Não Te Disse Nada traz como protagonista Marina, 25 anos, garota do interior que estuda moda em São Paulo. Seu dia-a-dia começa no trabalho em uma agência dos Correios, seguido de uma parada no café de uma livraria (onde ela busca inspiração em revistas de moda e copia seus modelos favoritos), para então ir às aulas na faculdade (e colocar os assuntos em dia com as amigas Francesca e Thaís). Os finais de semana, Marina geralmente passa com os pais e os irmãos em São Pedro da Serra. A rotina segue seu ritmo, até que uma pequena grande “missão” surge na vida de Marina e traz consigo um turbilhão de mudanças, questionamentos e sentimentos inesperados.

Antes de mais nada, um aviso: ponham de lado sua faceta mais racional, suas rabugices e descrenças, e só então comecem a leitura. Este é um livro para as(os) românticas(os)!
Assim como em O Mundo de Vidro, a história é leve e apaixonante. Há pitadas de humor e muita descontração, mas também nos deparamos com belas frases que nos tiram o fôlego.

Ainda que narrado em terceira pessoa, vemos tudo através da perspectiva da protagonista. Marina é divertida e é a típica garota certinha, romântica, cheia de convicções – uma espécie de heroína romântica contemporânea. Os personagens são todos bastante divertidos e apresentam forte aspecto real – temos a sensação de que cada um se parece a alguém que conhecemos.

Se por um lado os personagens são bem humanos e “reais” (tal como o ambiente no qual estão inseridos), o enredo em si não é muito pé no chão. É justamente esta característica que o torna especial. O livro nos mostra uma protagonista “perfeita” em busca de seus sonhos, estes também carregados de boa dose de perfeição. A leitura flui com enorme facilidade e o enredo envolve o leitor a ponto de fazê-lo deixar-se levar completamente pela história. Os trechinhos de músicas transcritos dão um toque especial à leitura. (Vocês podem ouvir a trilha sonora do livro no blog do autor)

Finalizei a leitura com certa curiosidade em relação a alguns detalhes sobre os acontecimentos finais. Gostaria de ter lido em detalhe a sucessão de alguns fatos responsáveis pelo final do livro. Esta curiosidade foi bem particular, não sei se os demais leitores compartilhariam da mesma opinião. Apesar desse pequeno “porém”, o encanto da história é preservado; se não temos todos os detalhes que ansiamos, o livro certamente nos dá ferramentas para criar tais cenas em nossas mentes.

Uma leitura deliciosa, para se envolver e se perder completamente na delicadeza de uma singular história de amor!

Título: Ainda Não Te Disse Nada
Autor(a): Maurício Gomyde
Editora: Porto71
Edição: 1ª (2011)
Ano da obra: 2011

Não deixem de participar do sorteio valendo 1 exemplar autografado de Ainda Não Te Disse Nada, e ainda concorra a 1 iPad 2. Só até 19/12! Saiba mais.

Se tiver interesse em comprar o livro, ele está disponível aqui.

9 de dezembro de 2011

Vi na Livraria: E As Estrelas, Quantas São?


E AS ESTRELAS, QUANTAS SÃO?, de Giulia Carcasi, ed. Planeta

Este é um livro a duas vozes.
De um lado, Alice, uma garota inteligente e sonhadora, que algumas vezes se sente deslocada em meio à multidão. De outro, Carlo, sensível e autêntico, diferente dos garotos de sua turma. Dois jovens corações que se veem diante do desafio de enfrentar um mundo adulto que ainda não conhecem.



Alice e Carlo sempre foram amigos, daqueles que se entendem apenas com olhares e sorrisos, entretanto algumas de suas escolhas acabam levando-os a caminhos distintos. Alice conhece Giorgio e se encanta por ele. E Carlo é seduzido por Ludovica, uma das meninas mais populares da escola.

Rumos que vão levá-los a vivenciar grandes descobertas e, quem sabe, ajudá-los a perceber que suas histórias, assim como as pessoas, não foram feitas para ficar sozinhas.

Honestamente, não sei se este é só mais um livro adolescente ou se o enredo surpreende de verdade. Mas ao vê-lo na livraria, um "detalhe" atraiu bastante minha atenção e foi suficiente para me deixar curiosa: o livro é dividido em duas partes, e tem duas capas - uma na "frente" e a outra no que seria a contracapa. Para ler a parte referente à Alice, deve-se começar pela respectiva capa; para ler a parte referente ao Carlo, vira-se o livro ao contrário e começa-se a leitura pela capa do Carlo. Característica, no mínimo, interessante, não?!

SOBRE A AUTORA: Giulia Carcasi nasceu em 1984 em Roma, cidade onde vive e estuda Medicina. Quantas Estrelas Tem o Céu? é o seu primeiro romance e chegou aos tops dos livros mais vendidos em Itália.

4 de dezembro de 2011

5 motivos para ler José Saramago

José Saramago (1922-2010) foi um escritor português de grande importância e reconhecimento, tendo escrito não apenas romances, mas também poemas, peças de teatro, contos, entre outros.

Motivos para ler sua obra? Há muitos! Confiram 5 deles:

1. Possui estilo único de escrita, o que conquista a admiração de muitos, também é responsável por tantos outros não gostarem ou acharem suas obras “difíceis”. O estilo saramaguiano é marcado pelo uso de períodos longos e pontuação fora do convencional, aspectos característicos de uma linguagem oral.

2. Foi o primeiro autor de língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1998. Além disso, ganhou o Prêmio Camões (1995) – o mais importante prêmio literário de língua portuguesa.

3. Seus enredos são incríveis. Encontramos enredos de época e com personagens da História em seus romances mais antigos; em sua fase “mais recente”, nos deparamos com uma análise – muitas vezes cruel – da sociedade contemporânea e mergulhamos em questões da existência humana. Saramago nos mostra situações caóticas em um mundo tal como o conhecemos – eleições em que todos votam em branco, uma epidemia de cegueira, a morte cessa de trabalhar e as pessoas param de morrer,...

4. Seu livro Ensaio Sobre a Cegueira teve adaptação para o cinema em 2008, sob a direção de Fernando Meirelles. Um filmaço, em minha opinião.

5. Sua carreira foi envolta em diversas polêmicas, principalmente em relação à Igreja Católica. Ateu, expôs em suas obras fortes críticas à Igreja e à Bíblia, o que acarretou em tensas relações com a Igreja Católica e críticas por parte da mesma.


PRINCIPAIS OBRAS:

Memorial do Convento (1982)
O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991)
Ensaio Sobre a Cegueira (1995)
O Homem Duplicado (2002)
As Intermitências da Morte (2005)
Caim (2009)

27 de novembro de 2011

O Escafandro e a Borboleta [Jean-Dominique Bauby]


Em 8 de dezembro de 1995, um acidente vascular cerebral mergulhou brutalmente Jean-Dominique Bauby em coma profundo. Ao sair dele, todas as suas funções motoras estavam deterioradas. Atingido por aquilo que a medicina chama de “locked-in syndrome” (literalmente, trancado no interior de si mesmo), ele não podia mexer-se, comer, falar e nem mesmo respirar sem a ajuda de aparelhos. Em seu corpo inerte, só um olho se mexia. Esse olho – o esquerdo – é o vínculo que ele tem com o mundo, com os outros, com a vida. Com esse olho, ele pisca uma vez para dizer “sim”, duas para dizer “não”. Com esse olho, ele chama a atenção de seu visitante para as letras do alfabeto que lhe são ditadas, formando assim palavras, frases, páginas inteiras... Com esse olho, ele escreveu este livro: todas as manhãs, durante semanas, foi memorizando as páginas antes de ditá-las e de corrigi-las, depois.
Do interior da bolha de vidro de seu escafandro, onde voam borboletas, ele nos envia cartões-postais de um mundo que só podemos imaginar. Quando só restam palavras, nenhuma palavra é demais.
Jean-Dominique Bauby nasceu em 1952. Jornalista, tinha dois filhos e era redator-chefe da revista Elle francesa. Faleceu dez dias depois da publicação do livro, em 1997.

Desde que vi o filme, de mesmo título e dirigido por Julian Schnabel (2007), tive uma vontade louca de ler o livro. E não me arrependi.

Cartaz do filme - imperdível
Apesar do contexto trágico em que foi escrito, O Escafandro e a Borboleta não é um livro para se debulhar em lágrimas – pelo menos, isso não aconteceu comigo. A partir da condição do autor e de suas narrações a respeito do cotidiano visto de dentro do seu escafandro, somos inseridos em um rico processo de auto-reflexão. Narrado em primeira pessoa, o livro traz uma grande lição de vida embutida nas entrelinhas. Contudo, ao contrário do que muitos possam vir a pensar, não chega nem perto do piegas e não contém excessos de sentimentalismo.

Uma característica interessante é que os capítulos são meio que “independentes” entre si; em cada um deles (que, em muitos momentos, assemelham-se a crônicas), um aspecto diferente é abordado sob a ótica – genial, eu diria – do autor. Desta forma, a leitura não se aproxima, em nenhum momento, do tédio e não tem enrolações de nenhuma espécie. Mesmo em um contexto denso e considerando seu triste estado, Jean-Do tem um senso de humor incrível. Por vezes, utiliza da ironia e do sarcasmo, revestindo seu sofrimento em uma roupagem mais “leve”. Ainda assim, nunca deixamos de notar que o desespero existe e é grande. Importante: o livro não é uma biografia (apesar de eu ter colocado "biografia" como uma das tags, simplesmente por seu fator real), porém tudo o que lemos é real e foi escrito pelo próprio Jean-Dominique, orientando-se pelo alfabeto ditado e usando seu olho para indicar as letras.

Para terminar, O Escafandro e a Borboleta é realmente uma daquelas obras que, em algum momento da vida, todo mundo deveria ler.

Título: O Escafandro e a Borboleta
Título original: Le Scaphandre et le Papillon
Autor(a): Jean-Dominique Bauby
Editora: Martins Fontes
Edição: 2009
Ano da obra: 1997

26 de novembro de 2011

RESULTADO: sorteio "O Voo da Estirpe"

Dia de resultado de sorteio! =D

Quem leva o livro O Voo da Estirpe, de Adriana Vargas Aguiar, é...

MARÍLIA MACIEL

Parabéns!!!! Você tem 3 dias para responder ao e-mail que enviei, informando seus dados para o envio do livro. O livro será enviado diretamente pela autora.

 


E não deixem de participar do super sorteio do livro Ainda Não Te Disse Nada, de Maurício Gomyde, e ainda poderão concorrer a um iPad2! Seria O presente de Natal, não?! =P

25 de novembro de 2011

Concurso cultural: "Julieta Imortal"


Não deixem de participar do concurso cultural "Julieta Imortal", promovido pela editora Novo Conceito.

O concurso começou ontem (24 de novembro) e vai até o dia 02 de dezembro de 2011.
REGULAMENTO DO CONCURSO

Veja abaixo como participar:
(clique na imagem para vê-la ampliada)



21 de novembro de 2011

Cinema = Livro + Filme

Com todo esse burburinho acerca da estreia de Amanhecer - parte I, 4º filme da saga Crepúsculo (ainda não vi, mas pretendo conferir em breve!), acho legal notarmos também outras adaptações literárias interessantes que estão nos cinemas ou que chegarão nas próximas semanas.


Recomendadíssimo, mas minha opinião é suspeita, já que sou fã do diretor. Sendo um filme de Almodóvar, já adianto que tem características peculiares. Ama-se ou odeia-se, não há meio-termo. Quanto ao livro: preciso lê-lo!
A PELE QUE HABITO
(La Piel que Habito, de Pedro Almodóvar, Espanha, 2011)
O doutor Robert Ledgard passou doze anos se dedicando à criação de um novo tipo de pele depois que sua mulher sofreu queimaduras fatais num acidente de carro. Essa nova pele é sensível ao toque, porém resistente a qualquer tipo de agressão. Durante esses anos, alguns jovens da região desapareceram, nem todos por vontade própria. Uma delas é Vera, cobaia mantida refém pelo médico e por sua assistente, Marilia, em um quarto de sua mansão, El Cigarral.
6º filme em que Almodóvar e Pedro Bandera trabalham juntos.
A Pele que Habito foi selecionado para a competição oficial do Festival de Cannes 2011.
LIVRO: Tarântula (de Thierry Jonquet, ed. Record)


Já tenho a edição em francês do livro, esperando para ser devorada!
A CHAVE DE SARAH
(Elle s’Appelait Sarah, de Gilles Paquet-Brenner, França, 2011)
Julia (Kristin Scott Thomas) é uma jornalista que vê a sua vida envolvida com a de uma garota chamada Sarah: uma menina que teve a família destruída por nazistas, na maior perseguição de judeus na França. Às vezes o passado pode desvendar o futuro.
O filme foi vencedor do Prêmio da Audiência e do troféu de Melhor Diretor do Festival de Cinema de Tóquio 2010
LIVRO: A Chave de Sarah (de Tatiana de Rosnay, ed. Suma de Letras)


Não poderia deixar de mencionar... Praticamente um clássico moderno, o livro já é queridinho de muita gente – e já está entre meus favoritos.
UM DIA
(One Day, de Lone Scherfig, EUA/Reino Unido, 2011)
*Estreia prevista para 2 de dezembro.
Emma (Anne Hathaway) e Dexter (Jim Sturgees) se conheceram na faculdade, em 15 de julho. Esta data serve de base para acompanhar a vida deles ao longo de 20 anos. Neste período Emma enfrenta dificuldades para ser bem sucedida na carreira, enquanto que Dexter consegue sucesso fácil, tanto no trabalho quanto com as mulheres. A vida de ambos passa por várias outras pessoas, mas sempre está, de alguma forma, interligada.
LIVRO: Um Dia (de David Nicholls, ed. Intrínseca)


Li o primeiro capítulo em um livreto, há alguns anos, e tenho muita vontade de ler o livro todo. O filme parece ser verdadeiramente belo: só pelo ballet é certo que valerá a pena conferir!
O ÚLTIMO DANÇARINO DE MAO
(Mao’s Last Dancer, de Bruce Beresford, Austrália, 2009)
*Estreia prevista para 9 de dezembro.

Com apenas 11 anos, um garoto chinês é levado de um vilarejo pobre para estudar balé na escola de dança Madame Mao, em Pequim. Em 1979 entra para a Companhia Houston Ballet (Texas, EUA). Lá, apaixona-se por uma bailarina e decide não mais voltar. A situação acarreta um desconforto diplomático entre as nações e faz com que o bailarino fique proibido de voltar à China para rever seus familiares.
História real baseada na autobiografia de Li Cunxin.
Premiado na 33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em 2009, como Melhor Filme na opinião do público.
Premiado pelo público e por sua trilha sonora no Australian Film Institute.
O filme foi exibido no Festival Internacional de Cinema do Rio de 2011.
LIVRO: Adeus China: o último bailarino de Mao (de Li Cunxin, ed. Fundamento)

18 de novembro de 2011

Não curti o livro... e agora?

A literatura nacional, felizmente, tem ganhado cada vez mais espaço nos blogs literários. Resenhas surgem a todo momento e, pessoalmente, adoro conhecer as novidades do universo literário brasileiro – principalmente se são obras que ainda não encontramos ou que não têm tanto destaque nas livrarias. Não é raro, porém, notar certa reserva em relação às resenhas de literatura nacional contemporânea, principalmente no caso de parcerias diretamente com os autores. Antes de tudo, penso que estas parcerias são realmente muito bacanas, já que são o tipo de iniciativa em que todos saem ganhando: o blog ganha material para desenvolver conteúdo, o autor divulga seu trabalho em um ambiente bastante rico (não se pode negar que a blogosfera reúne um poderoso público formador de opinião) e o leitor tem acesso fácil às novidades da literatura nacional.

Que o nosso país está repleto de talentos literários (novos ou consagrados), disto não há dúvidas. Mas vez ou outra me deparo com resenhas que parecem omitir pontos importantes da opinião do blogueiro sobre determinado livro. Comentários medidos demais e receio em criticar (o que vai contra a ideia de resenha, já que é para isto que serve, para criticar – positiva ou negativamente – alguma coisa) são exemplos de características que me fazem pensar que dada resenha não expõe a opinião de quem a escreveu com 100% de sinceridade. Algumas vezes, a impressão que dá é a de que a obra não agradou, mas ao invés de lermos opiniões sinceras (e justificadas), encontramos resenhas que tecem comentários positivos (ou imparciais) desacompanhados de argumentos e/ou justificativas, resultando em textos insossos que pouco nos dizem a respeito do livro em questão.

Por que isso acontece? Ou ainda, isso realmente acontece? Eu, pelo menos, penso que sim. Esse tipo de atitude teria relação com o receio de, ao criticar negativamente um livro, ter sua crítica estendida ao autor, questionando sua capacidade profissional? Existe mesmo essa extensão da crítica, sua compreensão distorcida (pelos autores e leitores) a ponto de transformá-la erroneamente em ofensa profissional e, até mesmo, pessoal?

São questões que requerem reflexão e que envolvem a maneira como uma resenha é percebida pelos diferentes públicos envolvidos em um blog – simples leitores, “leitores-blogueiros”, autores, editoras.
Eu acredito que este tipo de receio é real, assim como também existem as compreensões distorcidas das resenhas negativas. Mas acredito também que o principal objetivo de um blogueiro é expor sua opinião – com respeito e dando abertura a possíveis opiniões divergentes –, e esse objetivo não deveria jamais se perder no meio do caminho.

É por isso que, considerando toda essa situação e suas possíveis consequências (que podem ser várias, principalmente ligadas à relação que permeia as parcerias), realmente me dá gosto ler uma boa resenha que exponha opinião negativa bem argumentada. Porque, óbvio, uma coisa é certa: sempre haverá opiniões desfavoráveis. Se ainda não inventaram algo na vida que seja capaz de agradar a todo mundo, não vejo razão de achar que com a literatura seja diferente.

15 de novembro de 2011

SORTEIO: Ainda Não Te Disse Nada + concorra a um iPad2 - ENCERRADO

PARTICIPAÇÕES ENCERRADAS

Sorteio IMPERDÍVEL!! Se você curtiu O Mundo de Vidro, prepare-se...

Em parceria com Maurício Gomyde, o blog sorteará o novo livro (autografado!) do autor, Ainda Não Te Disse Nada (prometo review logo, logo). E TEM MAIS: participando deste sorteio, você ainda concorre a um iPAD2 que o Maurício Gomyde sorteará em seu próprio blog!

Confira a seguir como participar do sorteio do livro e do iPad2.


SORTEIO DO LIVRO:

REGRAS

1 – Seguir este blog.
Para seguir, procure a caixinha abaixo no menu lateral do blog e clique em “Seguir”.
*Não precisa ter blog para seguir, basta ter uma conta em qualquer um destes sites: Google/Twitter/Yahoo.


2 – Ter um endereço no Brasil.

3 – Seguir @MauricioGomyde no Twitter E curtir a página do autor no Facebook:



(www.facebook.com/MauricioGomydeEscritor)


4 – Preencher o formulário no final deste post.


Seguiu todos os passos acima? Então você já está participando do sorteio do livro!
Confira abaixo como ter mais chances de ganhar!


CHANCES EXTRAS
Preencha o formulário +1 vez a cada item cumprido:

- Divulgar o sorteio no Twitter com a frase abaixo:
#SORTEIO do livro Ainda Não Te Disse Nada e concorra a um iPad2!! Participe no blog Escrevendo Loucamente: http://tinyurl.com/d298sv5
Atenção: máximo de 1 tweet por dia.

- Seguir @Aline_TKM

- Divulgar o link do sorteio no Facebook:
http://escrevendoloucamente.blogspot.com/2011/11/sorteio-ainda-nao-te-disse-nada.html

- Seguir o blog do autor Maurício Gomyde

- Divulgar o banner do sorteio em seu blog:



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PARTICIPAÇÕES ENCERRADAS


SORTEIO DO IPAD2:
REGRAS: participar do sorteio do livro e, portanto, seguir as regras deste.
Já está participando do sorteio do livro? Para concorrer ao iPad2, basta preencher o formulário com seu nome, e-mail e o nome deste blog (Escrevendo Loucamente) no blog do autor.
CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O FORMULÁRIO DO SORTEIO IPAD2


IMPORTANTE:
- Serão aceitas participações até 19/12/2011.
- O resultado do sorteio será publicado aqui no blog até o dia 22/12/2011.
- O sorteio valerá 1 exemplar autografado do livro Ainda Não Te Disse Nada, de Maurício Gomyde, a ser enviado pelo blog diretamente ao sorteado.
- Enviarei um e-mail ao vencedor(a), que deverá ser respondido em até 3 dias. Não havendo resposta dentro do prazo, será realizado um novo sorteio.
- O sorteio será realizado através do site Random.org
- A participação no sorteio do iPad2 é facultativa, porém para participar, é obrigatória a participação no sorteio do livro. O sorteio e premiação do iPad2 é de responsabilidade do autor Maurício Gomyde.

12 de novembro de 2011

Lucíola [José de Alencar]


Independente e altiva, Lúcia, a mais rica cortesã do Rio de Janeiro, não se deixava prender a nenhum homem. Até conhecer Paulo. A partir daí, ela se vê totalmente entregue; tudo o que quer é permanecer junto dele. Esse romance passa a ser o assunto mais comentado na Corte. Os comentários chegam aos ouvidos de Paulo e o incomodam profundamente. Valeria a pena romper seu relacionamento só para manter a boa imagem diante das pessoas?

Clássico do Romantismo brasileiro, Lucíola retrata o amor entre Lúcia, cortesã de luxo, e Paulo no Rio de Janeiro do século XIX. No decorrer do livro acompanhamos a transformação (“purificação”) de Lúcia. O livro faz parte dos “perfis de mulheres” de Alencar (junto com as obras Diva, A Pata da Gazela e Senhora).
Na época, o romance foi bastante criticado por mostrar o problema social da prostituição, que era conhecido porém tratado com indiferença. Houve críticas também devido ao não uso do Português clássico.

Lucíola é narrado em primeira pessoa por Paulo, sendo um relato de seu relacionamento com Lúcia que ele escreve a uma suposta senhora. Com isso, ele tem por objetivo mostrar que mesmo levando uma vida leviana é possível manter a nobreza da alma.

Esse é um livro que não li quando devia (lá no ensino médio); na época julguei a leitura desnecessária devido a uma super aula explicativa a respeito do mesmo (apesar de ser uma leitora ávida desde a infância, claro que eu torcia o nariz para alguns livros de leitura obrigatória, como todo adolescente, imagino eu). Mas o interessante disso é que não me arrependo de não tê-lo lido então: essa leitura, hoje, me proporcionou um prazer que na época acredito que não teria sido igual.

Adianto que não é um livro difícil ou enfadonho. A narrativa é gostosa e flui com facilidade, os personagens são envolventes (ainda que, muitas vezes, incompreensíveis em seus atos) e a história de amor entre os protagonistas é particularmente bela.

Edição que li: traz um bom
material de apoio didático
O mais interessante neste romance urbano é notar as particularidades comportamentais da sociedade da época, além da hipocrisia e falso moralismo retratados. A preocupação com a reputação e a boa imagem perante a sociedade faz com que Paulo aja de forma contraditória, causando complicações e sofrimento à relação com Lúcia. Interiormente, Paulo mostra-se mesmo bem frágil no que diz respeito ao amor. Apesar de ser narrado por Paulo, percebemos que Lúcia demonstra ter consciência de seus atos e um constante sentimento de culpa que a atormenta. Nela, anjo e demônio vivem e dividem o mesmo espaço. O amor, através de Paulo, resgata sua pureza, sendo o agente de sua redenção.

Apesar da maioria de nós conhecermos já o enredo e o final de Lucíola devido a certa familiaridade com a obra no período escolar, recomendo fortemente a leitura. Se você ignorou essa leitura na escola (como eu fiz), leia-a agora: considero um desperdício não ler algo de tamanha qualidade. E se você já leu a obra há alguns anos atrás, no ensino médio, leia-a novamente: certamente a leitura será feita sob um novo e mais prazeroso olhar.

(Destaco em especial a edição que li – esta da capa logo acima, à direita – que, mesmo sendo meio velhinha, traz uma introdução bastante didática a respeito do momento histórico e do Romantismo, além de informações biográficas do autor. Também conta com notas de rodapé muito úteis durante a leitura.)

Título / Título original: Lucíola
Autor(a): José de Alencar
Editora: Moderna
Edição: 1993 (Coleção Travessias)
Ano da obra / Copyright: 1862

4 de novembro de 2011

O Bigode [Emmanuel Carrère]



Em uma manhã qualquer, um homem decide raspar o bigode que ele vinha usando há 10 anos. Com ato tão simples pretende mudar um pouco, surpreender a mulher, os amigos. Porém ninguém percebe a mudança; afirmam, ainda, que ele jamais usou bigode. Ele começa, então, a recolher provas da existência do bigode, dando início a questionamentos e confusão, que nos fazem caminhar da realidade ao delírio sem saber de qual lado ficar.

Estamos diante de uma obra, no mínimo, intrigante. O Bigode, de Emmanuel Carrère, nos mostra um protagonista muito bem elaborado, porém, e por conta do próprio enredo, há a constante sensação de ausência da última peça de um quebra-cabeça. E é daí que vem o ponto alto do livro: o leitor não consegue desgrudar das páginas, tomado pela ânsia de entender o que se passa com o ex-bigodudo e o mundo ao redor dele.

O leitor é arrastado pelo redemoinho psicológico que envolve a trama. As questões são muitas, e colocamos à prova – junto com o protagonista – a veracidade dos fatos e a integridade psicológica dos personagens. Inclusive não descartamos a possibilidade de alguma conspiração contra nosso pobre protagonista.

O livro é narrado em terceira pessoa, mas sempre através do olhar do protagonista; é como se tudo nos fosse contado sob a perspectiva do personagem central – há momentos em que nos sentimos dentro de sua mente, inclusive. Os demais personagens têm seu papel no enredo, mas nada tão crucial. Agnes, a mulher do protagonista, tem algum destaque na trama, mas ainda assim, tudo – e todos – gira em torno do grande conflito que envolve o personagem principal, o homem que raspou o bigode.

A leitura é super fluida e o livro tem um ritmo acelerado. O aspecto psicológico (questionamentos, hipóteses perante os fatos) domina a narrativa. Merecem destaque as descrições presentes no livro, cruas e diretas, porém absolutamente carregadas de força, ou ainda demonstrando uma calmaria singular.

Não posso deixar de mencionar que o mais interessante desta leitura é tentar compreender o que a figura do bigode representa. Muito além de ser apenas um tufo de pelos, o bigode nos remete à identidade do personagem. Indo um pouco além, diria que esta identidade representada pelo bigode está mais próxima de ser aquilo que a sociedade moldou no personagem, um papel que ele representa para que as expectativas da vida cotidiana sejam atendidas. Um papel que todos nós representamos e do qual, muitas vezes, nos tornamos indissociáveis. Raspar o bigode seria mais do que uma simples fuga para o personagem do livro, seria libertar-se das pressões e cobranças – parar de andar conforme o fluxo para recuperar vontade própria e ir de encontro ao indivíduo real por trás do “disfarce” de todos os dias. Notamos, porém, um despreparo interno da parte dele em relação a esta libertação, uma visível impossibilidade de desvincular-se do papel que lhe foi atribuído na sociedade. A partir daí, a confusão mental, o possível delírio, encontra lugar para instalar-se, dada a busca desorientada do personagem por sua própria identidade – a real.

Nem preciso dizer que esta é uma leitura super recomendada. As 140 páginas, que já não são muitas, têm tudo para serem vorazmente devoradas por aqueles que apreciam conflitos e incertezas quanto à realidade – na literatura, claro.

Curiosidade: o livro teve uma adaptação para o cinema feita pelo próprio autor, também cineasta. La Moustache - que leva o mesmo nome do livro - foi premiado no Festival de Cannes de 2005.

Título: O Bigode
Título original: La Moustache
Autor(a): Emmanuel Carrère
Editora: Rocco
Edição: 2002
Ano da obra / Copyright: 1986

31 de outubro de 2011

Halloween (nostálgico!) = Livro + Filme

Post de Halloween um tanto quanto em cima da hora! Antes tarde do que nunca!

Especialmente para quem pretende passar a noite deste 31 de outubro em casa (até porque, no Brasil, a gente não tem o costume de festejar esta data realmente), aqui vai uma sugestão para transformar a noite de Halloween em sessão nostalgia. Não sei vocês, mas eu adooooro um bom momento de "volta à infância”.

Alguém se lembra do filme Convenção das Bruxas? Clássico, né!!! Mas talvez alguns de vocês não saibam que se trata de uma adaptação de um livro de Roald Dahl. Intitulado As Bruxas (exatamente como o título original do filme, The Witches), o livro foi originalmente publicado em 1983. Já o filme data de 1990 e traz um elenco memorável (Anjelica Houston, Rowan Atkinson).

O filme conta a história de Luke, um menino de 10 anos, que vai à Inglaterra com sua avó. Ao chegarem ao hotel, descobre que uma estranha convenção acontece por ali. Tendo ouvido da avó histórias e alertas contra as bruxas (que são difíceis de serem reconhecidas, já que se passam por pessoas normais), o garoto logo percebe que se trata de um encontro de bruxas, no qual elas traçam planos para transformar todas as crianças do mundo em ratos. O pequeno Luke acaba sendo descoberto em uma das reuniões, se torna vítima e acaba sendo transformado em rato junto com mais um menino chamado Bruno. Mesmo nesta condição, o garoto resolve impedir que este plano diabólico seja colocado em prática...

O filme é realmente especial, e o Halloween é um ótimo pretexto para vê-lo de novo! Para as gerações mais recentes que nunca o viram, recomendo fortemente (afinal, o universo infantil da geração dos 20 e poucos anos era muito mais legal! =P ). E, se a curiosidade falar alto, por que não ir atrás do livro também?!

Deem uma olhada na primeira parte do filme (dublado e com o logo do SBT no cantinho... sessão nostalgia mesmo!)...



“Bruxas de verdade se vestem com roupas comuns e parecem ser mulheres comuns. Elas vivem em casas comuns e têm empregos comuns. Todo país do mundo tem bruxas, e há uma que lidera: a chefe das bruxas de cada país. E quem governa todas elas é a pior mulher da Criação, a rainha das bruxas em pessoa.”

LIVRO: As Bruxas (de Roald Dahl, Ed. Martins Fontes)
FILME: Convenção das Bruxas (The Witches, de Nicolas Roeg, Reino Unido/EUA, 1990)

24 de outubro de 2011

Lançamento: O Dono da Lua, de Ronize Aline

Quem aqui já passou dos 20 mas ainda para na livraria para espiar algum livro infantil? Eu! Quem ainda se encanta com ilustrações e detalhes lúdicos dos livrinhos para os pequenos? Euuu!

Não tem nada mais gostoso que aquele sentimentozinho nostálgico que experimentamos ao nos depararmos com algo que remeta à infância. Pode ser um filme, um brinquedo, um livro... E não posso esconder que fiquei encantadinha com o lançamento do livro infantil O Dono da Lua, da escritora carioca Ronize Aline. O livro tem lançamento previsto para novembro pela Escrita Fina Edições, mas desde já a autora vem fazendo campanhas recheadas de novidades, brincadeiras e promoções nas mídias sociais.

Confiram o vídeo do livro:



O Dono da Lua tem um blog (destaque especial para os posts acerca das ilustrações do livro) e está no Facebook também.

E para quem tem criança na família (infelizmente não é o meu caso...), o livro pode ser uma excelente opção para o Natal.

18 de outubro de 2011

SORTEIO: O Voo da Estirpe, de Adriana Vargas Aguiar - ENCERRADO

PARTICIPAÇÕES ENCERRADAS

O post de hoje tem... SORTEIO!! Em parceria com a autora Adriana Vargas Aguiar e o Clube dos Novos Autores, sortearei 1 exemplar do livro O Voo da Estirpe. Para ler o review do livro, clique AQUI!

O Voo da Estirpe nos traz uma singular história de amor. Klaus e Clarice se veem perante um grande obstáculo: ele possui uma doença em fase terminal. Em uma grande jornada de autoconhecimento, aprendizado e libertação, os personagens nos envolvem em um enredo bastante tocante.

Para participar do sorteio, basta seguir as regras abaixo:

REGRAS

1 – Seguir este blog.
Para seguir, procure a caixinha abaixo no menu lateral do blog e clique em “Seguir”.
*não precisa ter blog para seguir, basta ter uma conta em qualquer um destes sites: Google/Twitter/Yahoo

2 – Ter um endereço de entrega no Brasil.

3 – Preencher o formulário no fim do post.

PARTICIPAÇÕES ENCERRADAS

Seguiu todos os passos acima? Então você já está participando!
Confira abaixo como ter mais chances de ganhar!


CHANCES EXTRAS
Preencha o formulário +1 vez a cada item cumprido:

- Divulgar o sorteio no Twitter com a frase abaixo:
#SORTEIO Não perca a chance de ganhar o livro O Voo da Estirpe e se emocionar com uma nova obra da literatura nacional. http://tinyurl.com/6z4c7ze

- Seguir @Aline_Tiemi e @PoetisaSph no Twitter
* preencha o formulário 1 vez para cada perfil seguido

- Seguir o blog Clube dos Novos Autores.

- Divulgar no Facebook o link do sorteio:
http://escrevendoloucamente.blogspot.com/2011/10/sorteio-o-voo-da-estirpe-de-adriana.html

- Divulgar o banner do sorteio no seu blog:

Sorteio: O Voo da Estirpe” style=



IMPORTANTE:
- Serão aceitas participações até 22/11/2011.
- O resultado do sorteio será publicado aqui no blog até o dia 25/11/2011.
- O sorteio valerá 1 exemplar do livro O Voo da Estirpe, de Adriana Vargas Aguiar, a ser enviado pela autora diretamente ao sorteado.
- Enviarei um e-mail ao vencedor(a), que deverá ser respondido em até 3 dias. Não havendo resposta dentro do prazo, será realizado um novo sorteio.
- O sorteio será realizado através do site Random.org

10 de outubro de 2011

O Voo da Estirpe [Adriana Vargas Aguiar]

O review de hoje traz uma obra participante do Clube dos Novos Autores. Para quem não conhece a iniciativa, vale a pena visitar o blog. =)

Uma história de amor que ultrapassa barreiras. Clarice vive seus dias sem realmente se dar conta de que está viva, sem aproveitar cada instante e cada sopro de vida em seus poros. Até conhecer Klaus, portador de uma doença terminal. O amor é inevitável e vem acompanhado do medo da perda. Através de Klaus, Clarice descobre o que significa viver e, a partir de então, liberta-se de antigos padrões para finalmente encontrar-se com ela mesma, em um importante ciclo de autoconhecimento.

O Voo da Estirpe – primeiro livro da trilogia de mesmo nome – traz uma leitura rica em conteúdo. Repleto de sentimento, o enredo emociona e incentiva a reflexão. Diria até que é praticamente impossível ler o livro e não ser tocada(o )por ele em nenhum momento.

Clarice, a personagem central, nos narra em primeira pessoa toda a transformação pela qual sua vida é submetida. E essa característica da narração é, a meu ver, mesmo fundamental para que a história tenha certo tom pessoal, aspecto que envolve o leitor como se este recebesse confidências com o coração aberto.

Ainda mais que os acontecimentos em si, o que realmente cativa o leitor são os personagens, Clarice e Klaus, tão humanos em suas qualidades e defeitos, erros e acertos. Inclusive arrisco dizer que todo mundo tem um pouco de Clarice em si. Através da jornada ao encontro de sua essência como ser humano, somos levados a olhar para o interior de nós mesmos e, nem que seja por um instante, passamos a ver a vida portando outras lentes. Já Klaus, por sua vez, lida com sua condição de maneira admirável – chega a ser meio surreal, confesso, mas ainda assim, carrega grandiosa beleza em seus atos.

Durante a leitura, alguns aspectos da narrativa me incomodaram um pouquinho (em relação à pontuação, no geral), mas friso que se trata de uma opinião realmente pessoal. No mais, a leitura flui com naturalidade, sendo bem possível devorar o livro em poucas horas.

Para finalizar, O Voo da Estirpe nos brinda com uma leitura que nos torna incapazes de encarar com indiferença. O livro é tocante e acredito que, após lê-lo, ninguém sairá ileso.

Título / Título original: O Voo da Estirpe
Autor(a): Adriana Vargas Aguiar
Clube dos Novos Autores
Ano: 2011

4 de outubro de 2011

Bonequinha de Luxo [Truman Capote]

É difícil falar deste livro sem evocar o tão célebre filme de mesmo título (originalmente, Breakfast at Tiffany’s, dirigido por Blake Edwards, 1961), que mostra uma imagem imortalizada de Audrey Hepburn.


A história gira em torno de Holly Golightly, garota vinda do interior para tentar a sorte em Nova York. Encantadoramente fora do convencional em seus hábitos, sua malícia “espevitada” e espontaneidade atraem os mais diversos tipos, em especial o escritor Paul Varjak (a quem ela chama de Fred).
O livro traz também 3 contos do autor: A casa das flores, O violão de diamantes, e Uma recordação de Natal.

Bonequinha de Luxo garante uma leitura muito prazerosa e fluida. É o tipo de livro que mantém o leitor envolvido por horas a fio. Uma pitada de humor, outra de sarcasmo, e mesmo uma pincelada de drama não óbvio, são ingredientes que se mesclam e tornam o livro mesmo especial aos olhos de quem o lê.

Holly é uma personagem única (e indissociável de Audrey Hepburn – quem viu o filme não dará outra cara a Holly que não seja a de Audrey) e naturalmente hilária em seus modos. Aliás, todos os personagens têm algo que os torna um pouco cômicos, mesmo que seja apenas em alguns momentos. Holly traz consigo a imagem da mulher, de certa forma, à frente de seu tempo, tentando sobreviver na realidade hostil de Nova York. Garota de programa, ela utiliza seus relacionamentos de forma a levar a vida como pode.

Capa atual, da
Companhia das Letras
Entre as cenas do filme que encontrei descritas no livro, destaco a parte em que Holly e Paul (ou Fred, como preferirem!) roubam máscaras de uma loja. Porém, adianto que o livro não é idêntico ao filme e, já que a comparação é inevitável, aproveito para dizer: o livro é ótimo, mas o filme me encantou mais – e o principal motivo é, sem dúvidas, Audrey Hepburn (ok, deu para perceber que eu a admiro, mas quem viu este ou outros filmes dela há de concordar comigo que ela é única). Recomendo fortemente o livro, principalmente aos fãs do filme. Aos que se interessarem pela leitura e que não conhecem o filme, leiam o livro e assistam ao filme depois; garanto que não se arrependerão!

Bonequinha de Luxo foi o primeiro livro que li do autor Truman Capote, e foi suficiente para atiçar ainda mais minha curiosidade em relação a seus outros livros.
Quanto aos 3 outros contos presentes no livro, todos trazem personagens bem peculiares, o que me agradou bastante. Uma recordação de Natal merece destaque pela singeleza; uma história delicada e bela.

Para terminar, a edição que li é de 1988, da L&PM. A edição mais atual é da Companhia das Letras, e acredito que inclua os 3 contos também. Sobre a capa, gosto de ambas, mas essa carinha meio retrô – com um toquezinho kitsch até – da antiga me faz preferi-la!

Título: Bonequinha de Luxo
Título original: Breakfast at Tiffany’s
Autor(a): Truman Capote
Editora: L&PM
Edição: 1987-1988
Ano da obra / Copyright: 1958

1 de outubro de 2011

Vi na Livraria: Sapatos de Arrasar


SAPATOS DE ARRASAR, de Laura Levine, editora Arx

Quando abraçou a oportunidade de escrever anúncios para uma sofisticadíssima loja de roupas de Los Angeles, Jaine Austen não poderia imaginar que acabaria envolvida em uma história de assassinato. Por artimanhas do destino, é ela quem encontra o corpo de Frenchie, a nova diretora, com o salto finíssimo do sapato de grife enfiado no pescoço. A polícia suspeita de uma jovem vendedora da loja. Convencida de sua inocência, Jaine decide ajudá-la, atuando como detetive particular. Uma tarefa difícil. Em primeiro lugar, pelo excesso de suspeitos - Frenchie, ambiciosa e voraz, colecionava amantes e inimigos. Em segundo lugar, porque o mundo fashion é uma incógnita para a desajeitada e gorducha Jaine - que para solucionar o mistério e salvar a própria vida conta apenas com o apoio emocional de sua gata Prozac e de algumas guloseimas nada diet.

23 de setembro de 2011

Harry Potter à l’École des Sorciers [J.K. Rowling]

Este review não será como os outros: é totalmente desnecessário dizer algo a respeito da série Harry Potter. Todo mundo conhece, todo mundo já leu, todo mundo sabe muito bem os aspectos positivos e os motivos que nos fazem grandes fãs dos livros de J.K. Rowling.
O post de hoje – dedicado a falar da edição francesa do primeiro livro da série – será, então, totalmente voltado aos estudantes de francês que desejam ler algo para praticar o idioma (e quem estiver pensando em estudar algum outro idioma... empolguem-se com a ideia e aventurem-se no mundo francófono: garanto que ler HP em francês vale a pena! ^^ ).

Então, voilà... Harry Potter à l’École des Sorciers é a edição francesa do nosso Harry Potter e a Pedra Filosofal. Para o nível intermediário-avançado, não é uma leitura que considero difícil. Diria que flui naturalmente, sem grandes problemas. Ainda assim, nos deparamos com palavras com as quais não estamos familiarizados, e nessas horas o dicionário vem bem a calhar (mas não é imperativo, já que é bem possível compreender a maioria destas palavras apenas pelo contexto).

De forma mais concreta, diria que a leitura de Charlie et la Chocolaterie (A Fantástica Fábrica de Chocolate), já resenhado anteriormente, foi mais simplificada se comparada a Harry Potter à l’École des Sorciers. Ainda assim, a diferença de nível está longe de ser gritante. No site da editora Gallimard Jeunesse, o livro aparece como recomendado para crianças a partir de 9 anos de idade.

SINOPSE:
Le jour de ses onze ans, Harry Potter, un orphelin élevé par un oncle et une tanta qui le détestent, voit son existence bouleversée. Un géant vient le chercher pour l’emmener à Poudlard*, une école de sorcellerie ! Voler en balai, jeter des sorts, combattre les trolls : Harry se révèle un sorcier doué. Mais quel est le mystère qui l’entoure ? Et qui est l’effroyable V..., le mage dont personne n’ose prononcer le nom ?

*Na versão francesa, Hogwarts se chama Poudlard, o professor Snape se chama Rogue,... Particularmente, não gostei destas modificações.
Nova capa francesa,
menos infantil

Para complementar: a editora tem um site dedicado ao HP. Glossário, mitos relacionados aos personagens, jogos e papeis de parede, entre outras coisas, podem ser encontrados lá. É uma ferramenta bastante interessante para praticar o francês, ainda mais por estar relacionada ao universo do nosso querido e imortal Harry Potter. Vale a pena conferir:
http://www.harrypotter.gallimard-jeunesse.fr/

Sobre a capa: gosto desse estilo de ilustração mais simples e infantilizada das capas francesas de HP. Ainda, a Gallimard Jeunesse está relançando toda a série com novas capas, mais “adultas”, além de uma caixa para guardar a coleção. Porém preciso dizer... As nossas capas são muito mais lindas! O tipo de papel e o acabamento fosco tornam as capas brasileiras ainda mais atraentes, a meu ver.

Título: Harry Potter à l’École des Sorciers
Título original: Harry Potter and the Philosopher’s Stone
Autor(a): J.K. Rowling
Editora: Gallimard Jeunesse, coleção Folio Junior
Classificação: a partir de 9 anos
Páginas: 322
Edição: 2010
Ano da obra / Copyright: 1997

14 de setembro de 2011

Resultado: sorteio "Estação Jugular"



Resultado de sorteio!!! =)
Antes de tudo, agradeço novamente ao Allan Pitz pela parceria! E aproveito para dizer que esperava uma participação beeem maior da parte de todos, conforme ocorreu nos dois primeiros sorteios que tivemos aqui no blog.

Bom... sem mais delongas! Vamos ao resultado:




Parabéns, Carolina Lopes!! Certamente irá adorar o livro!
Você tem 3 dias para responder o e-mail com seus dados para o envio do livro.

Ah, e aproveito para dizer que logo mais haverão outros sorteios!!

10 de setembro de 2011

A Libélula dos Seus Oito Anos [Martin Page]

Imaginem uma leitura deliciosa... Pois bem, ler A Libélula dos Seus Oito Anos foi para mim uma delícia até difícil de ser explicada, tamanho o encanto que me proporcionou.


Escrito numa narrativa sarcástica, o romance traz figuras que fogem completamente ao usual, e que só se tornam críveis por conta da riqueza de detalhes psicológicos com que são descritos. A protagonista, Fio Régale, é uma jovem simples e muito pragmática, com uma incrível capacidade para a pintura e inigualável aptidão para enxergar o mundo ao seu redor. Ela gosta de neve e chá sem açúcar, e chantageia pessoas ameaçando tornar públicos seus segredos, os quais ela finge conhecer. Com isso, consegue dinheiro suficiente para se sustentar. O resultado é um romance único e irresistível sobre a banalidade da vida, urdido com o humor, a delicadeza e a desesperança tão peculiares do autor de Como me tornei estúpido.


São 175 páginas que dizem muito e que prendem do início ao fim. A narrativa traz uma boa dose de sarcasmo e é recheada de frases incríveis (e muito verdadeiras!), e mais incríveis ainda são os acontecimentos, que beiram – e mesmo adentram – o campo do absurdo. Um humor genial e que foge do óbvio está sempre presente. Sem pecar pelo excesso (característica tão comum de encontrarmos por aí), muitas passagens são bem capazes de arrancar risadas dos leitores.

O livro nos mostra claramente como as coisas, pessoas e informações podem ser banais e bem passíveis de serem modeladas. Verdades não passam de mera construção planejada, atingindo o status de verdades simplesmente porque alguém assim o quis e afirmou. Desta forma, é extremamente difícil encontrar a fronteira entre uma pessoa “ela-mesma” e o que as pessoas acreditam que ela seja; embora às vezes estes dois territórios pareçam bem demarcados, eles acabam por fundir-se de maneira incontornável. A defesa é tarefa impossível, já que, conforme a ideia passada no livro, não há como defender-se da admiração alheia.

Os personagens são a principal atração do livro, a cereja do bolo, eu diria. Construídos com excelência, eles possuem toques de uma excentricidade cativante e também sarcástica, principalmente Fio e sua melhor amiga, Zora. Saboreei a “esquisitice” de cada hábito e apreço que elas apresentavam, e concluí que não há de fato esquisitice, mas somente permissividade suficiente dentro de cada uma delas para ir (muito) além do convencional. Na essência, isto por vezes me trouxe um sentimento do tipo “pequenos prazeres da Amélie Poulain”...

Alguns detalhes que merecem atenção: a história de amor nada convencional dos pais de Fio; o ganha-pão politicamente incorreto – e inteligentíssimo – da protagonista antes da reviravolta em sua vida; o excêntrico gosto de Zora por dar tiros de arma em eletrodomésticos; a creperia de Misha Shima; e há muitos outros detalhes especiais no livro (é impossível citá-los todos)!

Claro que não posso deixar de fora alguns trechos excelentes com os quais me deparei no decorrer da leitura:

Aproximaram-se cada vez mais. Suas personalidades combinavam. Até que um dia ambas assumiram a responsabilidade de ser uma a melhor amiga da outra. Fio tivera outros amigos antes de Zora, pois todo mundo tem amigos. Tinha também uma torradeira; nem todo mundo tem uma torradeira.

Há quem tenha pés grandes, outros têm manchas vermelhas. Já Zora possuía a incrível faculdade de detestar.
(...)
O ódio é uma forma de se consolar em relação às coisas que nunca se poderão ter. Zora não odiava por ela mesma, mas pelos outros. De certa maneira, seu ódio era uma forma de altruísmo.

Não podemos nos defender da admiração, não podemos desconfiar de quem gosta de nós, é uma guerra da qual sairemos sempre perdedores.
(...)
A admiração embute um canibalismo sublimado.

Tenho a impressão de que não consegui expressar aqui o quanto este livro me fascinou. RECOMENDADÍSSIMO: Fio e Zora estão entre os personagens mais singulares que já “conheci” (arrisco mesmo a pensar que todo mundo que leu o livro teve uma vontade secreta de que elas fossem reais só para tê-las como amigas); o livro já está entre meus favoritos; e o francês Martin Page tem tudo para estar entre meus autores favoritos também (estou completamente empolgada para devorar outras obras dele).

Título: A Libélula dos seus Oito Anos
Título original: La Libellule de ses Huit Ans
Autor(a): Martin Page
Editora: Rocco
Edição: 2010
Ano da obra / Copyright: 2003

4 de setembro de 2011

O Mundo de Vidro [Maurício Gomyde]


Até onde pode ir a paixão de uma pessoa por outra? Como, quando e por que começa?
Até que ponto pode-se cometer alguma loucura para fazer parte da vida de alguém?
Quais as consequências da paixão avassaladora incompreendida? E quando não se admite a óbvia paixão por outra pessoa?


Em O Mundo de Vidro, Maurício Gomyde conta a história de duas pessoas, Ele e Ela. Ele é um cara tímido e sem muita experiência no amor, que a conhece por acaso e logo se vê tomado por uma paixão inexplicável e incontrolável. Linda e inteligente (e arrasada pelo término de um relacionamento), Ela tem inúmeros pretendentes que tentam tê-la a todo custo. E é neste cenário que Ele fará de tudo (ou quase) para conquistá-la.

Primeiramente, confesso que no início não botei muita fé. Até cheguei a achar as pitadas de humor um pouco irritantes, às vezes. Mas foi só uma impressão precipitada e equivocada; a cada capítulo, O Mundo de Vidro certamente ganhou minha simpatia.

Os personagens centrais, Ele e Ela, são bem reais, podem ser qualquer um ou todos nós. No começo, Ele me irritava consideravelmente. Achava-o realmente estranho, e queria mesmo dar uns tapas nele a cada vez que soltava o tal de “Er... Aham... Cof... Cof...” antes de cada frase falada. Porém, ao longo da história, já não o via mais como um ser tão estranho e comecei a me divertir com os acontecimentos em torno dele. Acho legal destacar os “personagens de estimação”: Ela com um basset chamado Paul Macartney, tarado por grudar nas pernas alheias; Ele com uma papagaia chamada Horácio (mas é fêmea mesmo!) que não era nada convencional em suas falas.

Uma característica que merece atenção é que, embora narrado em terceira pessoa, o livro parece mostrar tudo em um ponto de vista mais masculino. A meu ver, é um aspecto bastante positivo e confere um tipo de humor e comentários que, talvez, não rolassem se a perspectiva dos fatos pendesse para o lado feminino.

A leitura é super leve e o livro é do tipo que a gente devora rapidamente, dada a curiosidade para saber o desfecho. É divertido e tem algumas doses de romantismo e frases bonitas, conforme a leitura avança.

Em O Mundo de Vidro, basicamente, vemos o processo da conquista e percebemos a maneira em que tantas vezes o ser humano complica o que não deveria ser complicado. Trata-se de uma leitura que, para mim, valeu a pena; certamente a recomendaria aos que tenham interesse em temas acerca de relacionamentos com um toque descontraído.

(Ah, para quem ficou curioso do porquê do título – eu, pelo menos, estava bem curiosa antes da leitura –, ele é revelado ao longo do livro e de uma forma bastante bela!)

Título / Título original: O Mundo de Vidro
Autor(a): Maurício Gomyde
Editora: Porto 71
Edição: 3ª - 2011
Ano da obra / Copyright: 2011

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