27 de fevereiro de 2011

Relações de Sangue

Maria Clara Baumgarten levava uma vida bem normal até conhecer a vampira Lucila, cujos olhos castanhos grandes e inocentes enganariam até o mais desconfiado dos humados, quanto mais a pobre Clarinha.
Um vampiro traz o outro, e logo ela está às voltas com Daniel, um inescrupuloso vampiro de programa. Moreno, alto, bonito e sensual, ele precisa da ajuda da humana e da vampira para encontrar o assassino em série que está atacando suas "clientes".
Mas... e se o assassino encontrar Clara primeiro?

A sinopse acima é a original da contracapa de Relações de Sangue (de Martha Argel), do qual postei o release editorial anteriormente. De uns tempos para cá, mistério e vampiros têm sido dois ingredientes que parecem mais que certeiros para cair no gosto dos leitores. Relações de Sangue une essas duas características, mas não de um jeito tão óbvio como vemos aos montes por aí. A ideia principal do livro é original e a capa também me atraiu bastante. Antes de iniciar a leitura, já achava que provavelmente iria gostar do livro, mas não foi exatamente assim. Sendo simples e direta: o livro não me agradou.

Não gostei das personagens, achei-as insossas. Os acontecimentos são narrados em primeira pessoa por Clara, protagonista da história, que é a personagem que mais me irritou no decorrer do livro. Todo o tempo Clara utiliza-se do sarcasmo e de tiradas que tentam ser engraçadas; em vão, devo completar. E é assim em todo e cada comentário da personagem, o que faz com que o sarcasmo fique batido e óbvio demais; Clara me pareceu uma adolescente querendo ser a palhaça da turma, o que não condiz com a personagem em si.

Podemos olhar pelo ângulo de que o real objetivo é que os acontecimentos sanguinolentos, unidos ao mistério e medo, tenham uma pegada cômica. Ok, faz sentido. Mas ao final do livro, temos reflexões um tanto melancólicas por parte da protagonista, referindo-se a todo o ocorrido como algo que ela jamais poderá apagar da memória, como se tudo tivesse sido um grande ferimento cujas cicatrizes permaneceriam eternas. Tudo isso para depois finalizar com mais um super comentário cômico de Clara. Ou seja, como Clara realmente encarou os fatos vividos? Foram trágicos, porém cômicos? Ou foram traumatizantes de verdade? Terminei o livro sem saber ao certo o que verdadeiramente sentiu a protagonista acerca de tudo aquilo que viveu. Prefiro concluir que nem ela mesma sabia o que pensava e o que desejava, mesmo depois, ao final da história.

A segunda edição, da Giz Editorial, traz um bônus no final. Trata-se de um conto que nos revela como Clara e a vampira Lucila se conheceram. Achei-o interessante, nada além disso.

Apesar de minha opinião negativa, o livro é de fácil leitura, nada cansativo. Além disso, o fato de toda a história se passar em São Paulo foi algo que me pareceu atrativo. Como disse antes, a ideia toda do livro é interessante, mas acredito que poderia ter sido melhor explorada. Para mim, a história permaneceu em um nível bastante superficial, e as personagens em nada ajudaram para fazer com que eu me envolvesse. Este, decididamente, não é um livro que eu recomendaria; exceto no caso de leitores aficionados por vampiros que procuram e têm curiosidade por tudo relacionado ao tema.

Título: Relações de Sangue
Autor(a): Martha Argel
Publicação original: 2010

3 comentários:

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